sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Efeito rebanho.

Certamente você já fez passeios de enfrentar filas para assistir a espetáculos, museus onde guias indiferentes te conduzem pelos cordões de isolamento porque alguém espera atrás de você, sem contar nossas estações de metrô e o empurra empurra onde sequer tem alguém treinado para conter a multidão por ser tarefa impossível mesmo. Sim, somos rebanhos, bem doutrinados, massa fácil de modelar, seres amorfos que sofrem sem emitir som.
O mesmo acontece na saúde. Hoje fiz um exame de endoscopia, e por ter gente demais esperando, a anestesia não foi suficiente e o médico realizou o procedimento no seco, como se diz, e ria e me imitava nos protestos guturais. Claro que imaginei o cano entrando no... dele e mentalmente dizia, ri agora, seu FDP, ok, foi uma vingança feia, mas era o que me restava...                           
Tive o privilégio de usufruir o rescaldo de um atendimento mais humano, mas hoje definitivamente faz parte de um passado e é irreversível, cada vez mais gente no mundo, fazer o que?
Ainda tenho que agradecer ter um plano de saúde, poderia ser pior. O que estou me referindo é a desumanização do atendimento, não a uma dorzinha suportável.
Futuramente teremos chips de identificação, ah, aí te prepara, porque nem pelo nome você será tratado, talvez um número, ou nem isto, o simples escaneamento do chip ou de sua pupila será suficiente. Ah, o futuro, apesar de tudo sou futurista, espero viver tudo isto.
Explicando, como sou espírita poderei ter o privilégio de viver em outra encarnação...

Enfim, era o último exame e amanhã terei alta, a casa com seus cheiros e sons me espera. Principalmente o Frank cantando na pitangueira na frente da janela da sala. Já estou com saudades dele, o mascote de todos os vizinhos, um querido!

2 comentários:

Lise disse...

És uma guerreira, vencedora e nada está perdido. Tua caminhada é necessária, tens muito a ensinar e também a aprender.
Continues lutando, não desista, precisamos de ti para nos mostrar que nada é por acaso e que tudo é possível!
Beijos amiga e irmã!

pensandoemfamilia disse...

Tudo tem um fim e, portanto, que chegue o hora do retorno ao lar, rapidamente.bjs